sexta-feira, 5 de outubro de 2007


"Narrativas de uma Menstruação"

Ela, vivia quebrando a cara, mas nada que a fizesse desistir de viver – não que ela nunca tivesse pensado em suicídio, digo até que pela forma que ela encarava as coisinhas que a vida lhe aprontava, suicídio seria uma saída fácil, e até normal.
Um espírito cheio de vontade de viver que se frustra cotidianamente, é assim que...


Ângela: hei Franco, você tá tentando explicar minha vidinha comum, é isso?

Franco: é isso ai, mas cala a boca e deixa eu continuar!

...Ângela era uma pess...

Ângela: que papo é esse?! Por que tu ta narrando no passado? Ou melhor, por que tu tá narrando?

Franco: tô narrando no passado por que parece que você foi uma pessoa importante e tal, sacou? E isso que eu tô fazendo pode ser o próximo best-seller.

Ângela: tu quer ser escritor, é? Quero ver onde isso vai chegar!

Franco: pow, não me interrompe mais não!
Caro leitor, espero que me perdoe, algumas pessoas não se enxergam e gostam de ficar atrapalhando.
Voltando ao assunto...




Ângela é uma pessoa na qual se pode chamar de estranha: lia livros de filosofia nua.


Ângela: isso foi uma critica?


O que haveria de sedutor, de erótico nas palavras de Nietzsche, por exemplo?
Nem me pergunte, passei horas tentando arranjar uma explicação convincente, mas não rolou. Pergunta pra ela. Cada doido com suas manias...


Ângela: é, isso foi uma crítica!


Essa provável ninfomaníaca tinha uma bandinha chamada “Narrativa de Uma Menstruação” onde, segundo ela mesma, as letras da banda eram unicamente compostas durante seu ciclo menstrual. Juntando isso ao fato de ela ser lésbica (essa opção sexual, na época, parecia a peste negra – aquela epidemia ocorrida no século XIV, em que bastava uma pessoa estar contaminda num grupo pra que todo ele fosse dizimado, lembra? – isso acabava com as chances de qualquer homem hétero namorar, casar, ter filhos e ser feliz para sempre. Aliás, muito pelo contrário: pra um rapaz, ser feliz significava abdicar de qualquer pretensão sexual.) assim, você deve imaginar o teor dessas letras. Não, na verdade, nem passa por sua cabeça inocente as palavras, digamos... “peculiares” que essa moça deve escrever. Posso citar um exemplo:




CONTINUA...

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