sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Vida Loka (Pt. 4.)

 

Vida Loka (Pt. 4.)


Eu durmo em vigília, vivo sempre armado,

As palavras cortam, um fardo pesado,

As feridas da vida me deixaram assim

E sei o estrago que isso causa em mim.


Sobre rastro de pólvora, vivo atento,

Mas prefiro as rosas a esse lamento,

E eu que um dia busquei um lugar,

Onde o verde das plantas se estende ao luar.


Sonhava com balanços rangendo no tempo,

Ouvindo risos num breve momento.

Crianças brincando e pipas no céu,

Hoje só enxergo vidas ao léu.


É meu amigo, aqui não há paz,

Nossa realidade é onde a dor se refaz.

Não há ilusões, só um mundo ferido,

Em cada esquina há um sonho perdido.